Hoje e amanhã

Vento que vai, me leva longe do meu bem
Chuva que cai, da janela vejo lágrimas do céu
Tempo que passa, tão derepente como o sol que se põe

Sonhos tão seus quanto meus, nós dois

... Vida que escapa o laço de nossas mãos
Me levando pra longe

Eu queria ser um Deus
Pra que eu pudesse voar, e me encontrar com vc
Eu queria ser um popstar, pra onde minha voz for voar
Eu me encontrar com vc, e fugir

Vento que cai, me leva longe do meu bem
Chuva que sai, da janela vejo lágrimas do sol
Tempo que escapa, tão derepente como o céu que se acende

Sonhos tão meus quanto seus, nós dois
... Vida que passa, separa o laço de nossas mãos
Me levou pra longe

Eu queria ser um Popstar
Pra que eu pudesse voar, e me encontrar com vc
Eu queria ser um Deus, pra onde minha voz for voar
Eu me encontrar com vc, e casar.

Ivan Andrade, para Layla Lima

E.T

Por todas essas esquinas, e essas ruínas
Por todos esses prédios atrás de mim
Não são apenas ruínas, nem mesmo esquinas
É a morfina do mundo atrás de mim

Tenho medo de olhar de cá
Tenho medo de saber o que é lá
Mesmo sabendo onde quero chegar
O mundo está atrás de mim, tenho medo de olhar pro lado e ser o meu fim

O mundo está atrás de mim, um dia eu volto se eu sair da nave ali do meu jardim

Por todas essas chacinas
E essas meninas, na esquina
E toda essa vergonha atrás de mim

Não são apenas meninas
Nem mesmo chacinas, é a vergonha do mundo atrás de mim

Tenho medo de olhar de lá
Tenho medo de saber o que é cá
Mesmo sabendo onde quero chegar
O mundo está atrás de mim, tenho medo de olhar do lado e ser o meu fim

O mundo está atrás de mim
Um dia eu volto se eu sair da nave ali do meu jardim

Por todos os olhares, nos sentimentos tocares
Por todo gosto da vida exclamando um bis
Por todos os perfumes que exalam das flores, lindas
E todas as músicas que eu ouço na minha vida
Os sentidos do mundo também estão atrás de mim

O mundo está atrás de mim, tenho medo de olhar pro lado e ser o meu fim
O mundo está atrás de mim, um dia eu volto se eu sair da nave ali do meu jardim.


Ivan Andrade.

Caneta, papel e violão

Nada mais me interessa
Do que caneta, papel e violão
Debaixo de árvores com folhas caindo ao chão
Com sombra e água fresca, dedilhando uma canção

Posso descrever o mundo
Em muitos atos, relatos e olfatos
Posso desabafar com tudo
Arrancar o que há por dentro, te encontrar em um segundo

Nada mais me interessa
Eu sei que na vida nada é depressa
É preciso esperar pra viver
E lutar pra tudo acontecer

Na cadência do ser e não ser
Entre o amor a beleza e o sofrer
E descansar em paz.

Eu posso descrever o mundo
O canto dos pássaros, o azul do céu
A rotina da multidão, a pureza de entrar no mar
Com caneta papel e violão.


Ivan Andrade.